Acho que eu tinha entre 11, 12 anos quando encontrei a Alegria... Cerca de 10 anos depois, estou sentada numa estação de trem, esperando o tempo passar e, principalmente, penso nela, a minha Alegria.
Lembro-me nostalgica de quando a vida era uma música, onde dançavamos e cantavamos à luz do dia. Tinhamos planos, sonhos e metas. Viajavamos livres pelo pensamento e desejo de uma sociedade mais humana e justa. Não haviam segredos, dores nem culpa. Tinhamos o mundo e ferramentas para construí-lo.
10 anos depois a Alegria não morreu e, por mais que pareça o contrário, também não se distanciou. A Alegria sempre esteve presente, mas só aproveitou quem quis. Aquele mundo mundo e aquelas ferramentas construíram histórias talvez um pouco diferente do que antes imaginado, o passar do tempo mostrou que para construir um lindo castelo igual ao dos contos de fadas é preciso esforço, dor, suor...
10 anos depois o castelo ainda não está pronto e nem se pretende estar. Mas a Alegria continua comigo e eu estarei com ela aonde quer que ela vá. Sempre.
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